Precisando finalizar relatório de um espetáculo e iniciar a divulgação de um longa, o tópico mais debatido na minha última reunião não tinha nada haver com nossa pauta: a falta de educação, de gentileza de alguns seres humanos.
Não é a ausência do sorriso para um estranho, a saudação para o motorista de ônibus, o pedido de licença para entrar na sala do chefe, mas a falta de tato nas coisas mais simples e corriqueiras do dia a dia. Sejam elas esperadas ou não.
O fato é que as pessoas, além de mal educadas, estão agressivas. O pedido de licença geralmente vem acompanhado de um empurrão. Se você estiver no cinema tem aqueles que espertamente furam a fila. E se você, ousar, reclamar ganhará no mínimo um olhar raivoso. Se o assunto é estacionamento, nada de respeitar as regras de trânsito. Bom senso, exemplo, que nada! Isso está em extinção na sociedade atual. E olhe que nem mencionei o lixo jogado no chão.
A mãe joga lixo na esquina de casa, o pai pela janela do carro, a filha repete o gesto por achar lindo ver os papeizinhos coloridos soltos pelo ar. Poderia até soar poético se não fosse absurdo, irritante ver esses pequenos seres sendo espelho do mau costume dos pais.
Educação, gentileza, atenção, respeito não estão fora de moda. Apenas alguns preferem ficar fora da tendência de fazer do mundo um lugar melhor. Esquecendo que o problema aqui é de todos, embora a responsabilidade seja de cada um.
Fica aqui o incentivo: vamos saudar as pessoas na rua, cumprimentar o segurança da loja ao lado, agradecer pela informação recebida, olhar nos olhos, escutar o próximo, ensinar aos pequenos sobre cordialidade, sorrir quando for solicitar algo, agradecer quando for atendido, reconhecer quando estiver bem feito, e, lógico, se nesse meio tempo resolver atravessar uma praça num dia de sol e aproveitar para tomar um sorvete, não esqueça que o lugar do guardanapo é no lixeiro ao lado.