sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Na reta final



Precisei assistir o último debate dos candidatos à presidência. E embora já tenha – quase - certo meu voto, vez por outra ainda fico em dúvida. Será a primeira vez que votarei por exclusão, e isso me aflige.

Desde 89, minha “primeira” eleição, eu tinha um candidato. Lula fez parte da minha infância. Lembro de ficar parada em frente à televisão e cantar junto com Gil, Chico e Djavan o jingle da campanha. Lembro de acompanhar meu pai nos comícios do PT e lembro a torcida contra de minha mãe. Isso porque lá em casa a disputa - mesmo com 22 candidatos - se restringia a Lula versus Brizola. 

No entanto, só em 98 pude, finalmente, dar meu primeiro voto a ele. E só em 2002 comemorei a vitória que demorou 13 anos para acontecer. Ele, agora presente em minha juventude, me dava à certeza que tudo daria certo.

Mas hoje, votar em sua candidata, que dúvida. E olhe que leio os jornais, pesquiso na internet, me informo, analiso propostas, vejo quem apóia, e mesmo assim, ainda assim, confesso que não sei.

Não é mistério para ninguém que o grande atributo de Dilma é ser a indicada de Lula. Com aprovação beirando os 80%, segundo última pesquisa CNI publicada, Lula funciona como um ótimo avalista. Entretanto, acho temeroso depender “apenas” de sua opinião.

Quero votar consciente de minha escolha como fiz nos últimos anos. E o receio que a criatura se volte contra o criador é enorme. Até lá fico entre duas candidatas. E, dentre as duas, só domingo decidirei. 

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