terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pedacinho de chão


Quem me conhece sabe da minha paixão por cinema e da preferência por filme alternativo.

Adoro a sensibilidade e o humor do cinema francês. Do japonês a fotografia contemplativa. Do argentino a maneira como ele se aproxima da vida cotidiana. E do nacional gosto de quase tudo que fuja do contexto social, ou melhor, da favela. Com algumas exceções, claro! Até porque minha monografia foi um estudo sobre a obra de Fernando Meirelles, Cidade de Deus.

Mas esta semana foi uma produção australiana que me tocou, Mary and Max. Quem ainda não assistiu, deve assistir correndo ao trabalho de Adam Elliot. O longa é uma animação em stop motion que se revelou uma dessas agradáveis surpresas que o cinema nos reserva.

A história é baseada em fatos reais, sobre a amizade entre um novaiorquino de 44 anos e uma menina australiana de oito. Ele é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, tracado em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate; Ela é gordinha, desajeitada e muito curiosa. Ambos são cheios de pensamentos filosóficos sobre a vida, que só diferenciam-se pela diferença de idade.

Apesar de triste, o filme encanta do começo ao fim. E nos faz lembrar como é importante ter alguém para dividir, compartilhar, se perder, se achar, mas principalmente se reencontrar. Hoje, por exemplo, foi um dia cansativo, mas recebi uma mensagem que dizia assim: saudade de todo dia! E das tuas gargalhadas.

Uma coisa simples, mas que pra mim valeu como um abraço. E abraço de amigo é como um ramo de felicidade. Aos meus, dedico meu amor!

2 comentários:

  1. Flor! Tú é luz no caminho de quem anda ao teu lado.
    Amo tua leveza e sensibilidade!

    Não posso deixar de dizer que escreve bem pra caralho!!!!

    Xeru de córcegas de todo dia

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  2. Te dedico, Dani! Assistirei ao filme em sua homenagem e pensando em vc!

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