Adoro trabalhar, estudar, ler, escrever escutando música. Mas sempre que tenho que montar meu playlist é uma dúvida cruel. Meu gosto musical é de fases. Hoje, por exemplo, estou apaixonadíssima por Otto. Mas dias atrás amava perdidamente o samba de Paulinho da Viola e o pop inteligente de Vanessa da Mata. Isso não significa que deixei de gostar. Mas meu gosto musical vai se moldando, embora minha raiz pernambucana não me abandone.
Adoro em qualquer situação a Academia da Berlinda, o som dançante da Orquestra Contemporânea de Olinda, a irreverência da Tanga de Sereia, a batida da Nação Zumbi, Los sebosos postiços, Eddie, Coco raízes de Arcoverde, o para sempre Cordel do fogo encantado e em qualquer fase Lenine.
Mas tem um cantor baiano que me enche o peito: Raul Seixas. Na minha infância ele embalava as viagens de férias. Lógico que naquela época também gostava de Xuxa, Trem da alegria e Balão Mágico como toda criança dos anos 80, mas Raulzito com suas críticas ao sistema, o esoterismo e seu olhar sobre os sentimentos humanos era bom demais para mim.
Confesso que não era só o rock e sua poesia, mas tudo que vinha com ele. Eram minhas viagens pelo litoral nordestino, a companhia dos meus pais e principalmente o colo da minha mãe que me fazia amar Raul.
Em agosto fará 21 anos que ele nos deixou, mas por aqui e nas minhas mais doces lembranças ele nunca deixará de tocar.
P.S: Texto escrito ao som de Mônica Salmaso.
Nasci três anos depois de sua morte e o escuta a oito. E o que faz das músicas de Raul Seixas as minhas favoritas é o humor e a crítica sempre atuais por meio de fixantes melodias que soam agradavelmente – mesmo sendo rock! rs.
ResponderExcluirQue delícia, também sou de fases musicais. Porque música pra mim é isso também, uma extensão do nosso "mood", do que vai na nossa alma naquele momento.
ResponderExcluirE por coincidência, estAMOS na fase Otto!
P.S: Adoro Mônica... O cd Afro-sambas musicou muitas das minhas horas.
Monica Salmaso sou eu na tua vida?
ResponderExcluirBruno